http://www.MusicaErudita.com
Read in English.

CD Rabeca Moderna pelo Duo Magyar

 

Deseja patrocinar uma reimpressão? Escreva-nos: paulinyi@yahoo.com .


Conheça o melhor da nova música brasileira escrita para 2 violinos. O encarte é luxuoso, com 12 páginas coloridas e ilustrações com notáveis artistas plásticas: Marlene Godoy, Eliete Oliveto e Lívia Paulini.

Você está escutando o Allegro Deciso de Ernani Aguiar. Textos em português e inglês. É uma produção independente com patrocínio parcial do "Fundo de Arte e Cultura do GDF".

Compre agora!

Formas nacionais de pagamento.
“Cordas afinadas - Karla e Zoltan triunfam na difícil missão de tornar interessante mais de uma hora de música para dois violinos solo” - JMC, na revista BRAVO!, Abril de 2003, pg. 59, a respeito do cd “Rabeca Moderna”. "Acho que sua Sonatina é a peça mais brasileira de todo o CD Rabeca Moderna. Também acho que o movimento Desafio é, de todas, a composição mais caracteristicamente violinística. Os arpejos compostos com os pizzicatos são dignos de Paganini. A tessitura é fantástica! Bachiana! A complexidade crescente cria um ambiente de expectativa que atinge um clímax tão intenso nos compassos finais que a gente tem o impulso de levantar e aplaudir. A execução também é maravilhosa. Em resumo, genial." - Marco Antônio, por e-mail, 31/8/2006.

 



ERNST MAHLE
Duetos Modais (GRA 7113864-1)
19- Lídio-Mixolídio (0:53)
20- Lídio com tetracorde de 2a. aumentada (1:54)
21- Lídio-frígio-mixolídio (1:29)
22- Escala de tons inteiros (2:15)
23- Escala octotônica (1:23)
24- Frígio-lídio-dórico (1:17)
25- Frígio com tetracorde de 2a. aumentada (2:50)
26- Frígio-dórico (5:03)
Duração total - 67:35

SÉRGIO NOGUEIRA
Três duos (GRA 7113866-5)
1- Tango (2:05)
2- Ostinato (0:59)
3- Desafio (2:27)

ERNANI AGUIAR
Oito duetos (GRA 7113862-8)
4- Allegro (1:00)
5- Allegretto (2:00)
6- Andantino (3:00)
7- Allegro deciso (0:59)
8- Allegro (1:16)
9- Lento (3:35)
10- Allegro (1:38)
11- Vivo (1:04)

ERNST MAHLE
12- Invenção (1:53) (GRA 7113865-3)


ZOLTAN PAULINYI
Sonatina (GRA 7113867-7) (veja partitura PDF)
13- Cantiga (3:01)
14- Desafio (3:56)

Hipnose (GRA 7113868-8) (veja partitura PDF)
15- d = 88 (3:41)
16- d = 152 (4:13)

FELIPPE MARAVALHAS
Fantasia (GRA 7113863-0)
17- Conflito (6:21)
18- Dança (6:16)

 

Como surgiu o Duo Magyar? Se o duo é brasileiro, por que o nome é húngaro?

O jubileu simultâneo do Brasil e da Hungria fez nascer o Duo Magyar no início de 2000, principalmente para os projetos artísticos das Secretarias de Cultura e de Educação do GDF. Nosso repertório era fundamentalmente música húngara, incluindo todos os álbums de Béla Bartók. Naquele mesmo ano, a música do Ernani nos levou à seleção pelo ItaúCultural, motivando-nos a continuar pesquisando partituras com as cores nacionais. Sequer tínhamos meio programa brasileiro, quando descobrimos que poderíamos levar este projeto ao Fundo de Arte e Cultura do GDF, projeto concluído horas antes do prazo se encerrar! Enquanto aguardávamos a decisão do Conselho de Cultura, íamos estreando as músicas à medida em que ficavam prontas.

Apesar da maravilhosa diversidade destas composições, todas refletem um pouco da rabeca brasileira! A Sonatina busca um olhar bartokiano sobre o folclore brasileiro. Hipnose trata de uma questão diversa: o que uma música é capaz de provocar em nós mesmos?

Conheci Sérgio Nogueira logo que me mudei para Brasília. Havia me infiltrado extra-oficilamente em sua turma da UnB, culminando com um insistente pedido para escrever para o nosso grupo. Assim surgiram suas miniaturas, a última delas estreada em Belo Horizonte.

Como Karla já havia estreado um dueto de Felippe, resolvemos convidá-lo para escrever a Fantasia, a qual ficou rapidamente pronta incorporando sutilmente alguns belos elementos da linguagem do violão.

Quem conhece Ernani Aguiar sabe que seus suntuosos títulos latinos realçam a ironia da música informal. Os 8 duos foram expelidos na Funarte em 1984, ano em que primeiro estiquei minhas cordas de violino. Estas foram suas primeiras peças após o emudecimento de mais de um ano de crise estética.

A criatividade do Mahle é singular. Sua Invenção, na realidade uma fuga eletrizante, brinca com a ambigüidade de métrica binária-ternária e com a polarização de uma idéia atonal. Sua coleção de duetos não é diretamente construída sobre arte brasileira, mas sobre modalismos sintéticos, alguns dos quais verdadeiramente nos remetem a nostalgias regionais.

Como música e imagem são intimamente ligadas, incluímos pinturas de Marlene Godoy, Eliete Oliveto e Lívia Paulini. Tanto a música quanto as ilustrações desta pesquisa buscam a essência da nossa arte brasileira. Como Marlene diz, "arte é liberdade; ninguém consegue se expressar verdadeiramente sem antes passar pelas origens".

Zoltan Paulinyi


Sobre o Duo Magyar

FAC-GDF logoO Duo Magyar existe desde o festival de Juiz de Fora de 1994, mas firmou-se em Brasília no ano 2000, quando teve vários projetos aprovados pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal, pela Escola de Música de Brasília, UnB e outras entidades culturais. Os recitais têm sido realizados para diversos tipos de público, pois um dos objetivos do grupo é a formação de platéia, além da divulgação de todo o belo repertório escrito para duo de violinos.

O Duo também vem atuando na organização de eventos internacionais, promovendo a vinda de artistas consagrados a Brasília para concertos e masterclasses. Só no ano de 2002, o grupo realizou uma média de 40 concertos e gravou o disco “Rabeca Moderna”, dedicado à nova música brasileira, cujo lançamento aconteceu em Brasília, Belo Horizonte e Goiânia, com o apoio do “Fundo de Arte e Cultura” do GDF.

O bom desempenho do Duo Magyar veio a incentivar vários compositores a escreverem músicas especificamente para o grupo, como Harry Crowl e Sérgio Nogueira.


Karla Oliveto (violinista)

Iniciou seus estudos na Escola de Música de Brasília em 1983, onde obteve o título de Técnico em Instrumento, na classe da Professora Marena Salles.

Concluiu o curso de Bacharelado em Violino pela Universidade de Brasília, em 1997, sob orientação da Professora Ludmila Vinecka, e o curso de Licenciatura Plena em Música, no ano de 2000.

Participou de cursos de aperfeiçoamento em violino, música de câmera e orquestra na Escola Profissional e Artística do Vale do Ave, em Portugal (1993), onde excursionou com a Orquestra Artave, realizando concertos pelas principais cidades portuguesas.

Foi solista, sob a regência dos Maestros Emílio de César e Elena Herrera, e membro da Camerata Antiqua, da Brasília e da EMB, além de atuar como spalla da Orquestra da UnB.

Detentora do Prêmio Melhor Intérprete de Música Brasileira, além de outras premiações em concursos internos da Escola de Música de Brasília.

Atualmente, é aluna do curso de Pós-graduação em Música ­ Especialização em Música de Câmera, na Universidade de Brasília, e é professora de violino da Escola de Música de Brasília.

Zoltan Paulinyi (violinista e compositor)

O que mais me motiva nos recitais é apresentar músicas inéditas. Cada partitura tem uma história diferente e muitas vezes curiosa. O sucesso ou fracasso de uma composição não depende somente dos valores artísticos, como era de se esperar, mas também do ambiente e momento em que foi composto. Infelizmente constatamos que várias músicas boas foram desprezadas com o passar do tempo, ou nunca receberam o valor devido.

Minhas pesquisas começaram com as primeiras viagens e festivais. Atualmente não se restringe apenas à música brasileira, muito rica e cativante, mas a quaisquer outras obras de arte. O exemplo mais recente é a coleção das peças de Zsólt, eminente violinista e professor húngaro do início do século. Suas partituras foram, na maioria, publicadas na Inglaterra, mas a editora faliu há tanto tempo que não sobraram cinzas. Os herdeiros nem sequer encontraram, no catálogo, as obras editadas. A salvação foi sinalizada através do British Library, mas quase tive que pedir autorização da Rainha para fazer cópias! Felizmente, após 5 meses de rápida comunicação pela internet (!), as partituras chegaram ao destino final, apesar de não serem muitas.

Várias composições não são facilmente encontradas à venda. Por exemplo, o comércio com a Hungria é tão inpraticável quanto a burocracia brasileira para exportação. Mas não é preciso ir longe. Músicas brasileiras são, de longe, os mais difíceis de serem pesquisados. Na maioria das vezes, a família joga fora todos os papéis velhos... Ou então, que também é frequente, a família não permite qualquer tipo de pesquisa e divulgação das obras para preservar a memória do falecido!!!


Ernani Aguiar (compositor)

Nasceu em Petrópolis (1950), estudou com Guerra-Peixe, Paulina d'Ambrosio e Santino Parpinelli, aperfeiçoando-se em Ravena e Florença. Atualmente, é um dos músicos de maior atuação no País, sendo pesquisador e professor da UFRJ. Como regente, recentemente realizou a primeira ­ e premiada ­ gravação integral da ópera-oratório "Colombo", de Carlos Gomes. Recebeu o título de "Maestro de Capela", por S. Maria e Peretola (Itália).

Eleito membro da Academia Brasileira de Música em 1993, é compositor prestigiado no Brasil e no exterior com inúmeras apresentações de suas obras.

Ernst Mahle (compositor)

Aluno de composição de J. Nepomuk David, na Alemanha, de H. J. Koellreutter, no Brasil, e de O. Messiaen, W. Fortner, E. Krenek, em cursos internacionais de férias, oportunidade em que estudou regência com L. von Matacic, R. Jubelik e Mueller Kray.

Está no Brasil desde 1951, e foi um dos fundadores da Escola de Música de Piracicaba, onde exerce as funções de Diretor Artístico, Professor e Maestro das Orquestras de Câmera e Sinfônica, e do Coro de Câmera da EMP. Brasileiro naturalizado, recebeu o título de "Cidadão Piracicabano", em 1965, por seus trabalhos em prol da educação da juventude.

Idealizador e presidente da Comissão Julgadora dos Concursos Jovens Instrumentistas (Piracicaba, Brasil) de 1971 a 1998. Professor em vários cursos de férias e festivais de música. Foi Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, e é membro da Academia Brasileira de Música. Entre os prêmios recebidos em concursos de composição, está o APCA ­ Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1995.

Felippe Maravalhas (compositor)

Violonista e compositor brasiliense, graduou-se em 1999 na Universidade de Brasília, onde estudou violão, com Eustáquio Grilo, e composição, com Sérgio Nogueira, Flávio Santos Pereira e Jorge Antunes. Em 1996, participou do XIV Seminário Internacional de Violão, em Porto Alegre (RS), onde estudou com grandes nomes do violão internacional, e com o compositor Marlos Nobre.

Em 1998, teve classes de composição com Susan Harding, que selecionou seu Dueto n.1 para o concerto de encerramento do curso. No ano de 2000, foi aluno-destaque do Primer Curso Internacional de Perfeccionamiento Guitarrístico, ministrado por Luz Maria Bobadilla, Eduardo Fernández e Eduardo Isaac, em Assunción (Paraguai).

Em 2001, participou do II Festival de Música nas Montanhas, em Poços de Caldas (MG), orientado por renomados violonistas, como Fábio Zanon; além do VI Curso de Interpretación Guitarrística em Mar del Plata (Argentina). Nos últimos anos, realizou recitais no Brasil, França, Paraguai e Argentina.

Sérgio Nogueira (compositor)

Graduou-se em Composição e Regência na Universidade de Brasília, sob orientação de Cláudio Santoro, Emílio Terraza e Luiz Mucillo.

Em 1995, venceu o Concurso de Composição promovido pela Orquestra Camargo Guanieri (USP), com a obra "Cinco Movimentos para Orquestra de Cordas".

Em 1999, recebeu o título de Mestre em Musicologia na Uni-Rio, desenvolvendo intensa pesquisa sobre a obra do Maestro Cláudio Santoro.

Ao lado de compositores que lecionaram na UnB, teve uma obra de sua autoria ("Quatro Prelúdios para Piano") gravada no cd "Compositores da Universidade de Brasília".

Atualmente, integra o corpo docente do Departamento de Música da UnB, onde leciona disciplinas do curso de Composição Musical.



Ficha Técnica

Duo Magyar: Zoltan Paulinyi e Karla Oliveto (violinos)
Produtor: Vadim Arsky
Engenheiro de Som: Daniel Musi
Assistente de Estúdio: Maranhão
Masterização: Modula Som e Filmes Ltda
Ilustrações:

Arte Gráfica: Elisa Martins
Revisão de Textos: Fernanda Oliveto
Tradução para o inglês: Lílian R. de Melo de Aguiar
Gravado nos estúdios da Audiotech, em fevereiro/março de 2002.
Patrocínio parcial: Fundo da Arte e Cultura – GDF

 

Tabela de conversão GRA (antigo) para ISRC (novo)
Compositor
Título
GRA
ISRC
Sérgio Nogueira 3 duos (1- tango) 7113866-5 BR-ZOL-0500005
Sérgio Nogueira 3 duos (2- ostinato) 7113866-5 BR-ZOL-0500006
Sérgio Nogueira 3 duos (3- desafio) 7113866-5 BR-ZOL-0500007
Ernani Aguiar 8 duetos (1) 7113862-8 BR-ZOL-0500008
Ernani Aguiar 8 duetos (2) 7113862-8 BR-ZOL-0500009
Ernani Aguiar 8 duetos (3) 7113862-8 BR-ZOL-0500010
Ernani Aguiar 8 duetos (4) 7113862-8 BR-ZOL-0500011
Ernani Aguiar 8 duetos (5) 7113862-8 BR-ZOL-0500012
Ernani Aguiar 8 duetos (6) 7113862-8 BR-ZOL-0500013
Ernani Aguiar 8 duetos (7) 7113862-8 BR-ZOL-0500014
Ernani Aguiar 8 duetos (8) 7113862-8 BR-ZOL-0500015
Ernst Mahle Invenção 7113865-3 BR-ZOL-0500016
Zoltan Paulinyi Sonatina (cantiga) 7113867-7 BR-ZOL-0500001
Zoltan Paulinyi Sonatina (desafio) 7113867-7 BR-ZOL-0500004
Zoltan Paulinyi Hipnose 1 7113868-8 BR-ZOL-0500002
Zoltan Paulinyi Hipnose 2 7113868-8 BR-ZOL-0500003
Felippe Maravalhas Fantasia (conflito) 7113863-0 BR-ZOL-0500025
Felippe Maravalhas Fantasia (dança) 7113863-0 BR-ZOL-0500026
Ernst Mahle Duetos Modais (1) 7113864-1 BR-ZOL-0500017
Ernst Mahle Duetos Modais (2) 7113864-1 BR-ZOL-0500018
Ernst Mahle Duetos Modais (3) 7113864-1 BR-ZOL-0500019
Ernst Mahle Duetos Modais (4) 7113864-1 BR-ZOL-0500020
Ernst Mahle Duetos Modais (5) 7113864-1 BR-ZOL-0500021
Ernst Mahle Duetos Modais (6) 7113864-1 BR-ZOL-0500022
Ernst Mahle Duetos Modais (7) 7113864-1 BR-ZOL-0500023
Ernst Mahle Duetos Modais (8) 7113864-1 BR-ZOL-0500024